"Sem Música, a vida seria um erro, um abuso, um exílio." (Friedrich Nietzsche)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Piotr Lllich Tchaikovsky, suíte de "O Quebra-nozes".

Entre as obras de Tchaikovsky, compositor pós-romântico russo do último terço do século XIX, as favoritas do público são seus três balés: O lago dos cisnes, A Bela Adormecida e O Quebra-nozes.


Comentário

O Quebra-nozes é um balé em dois atos e três cenas de Tchaikovsky, com libreto de Marius Petita. O tema é inspirado na versão francesa de Alexandre Dumas de um conto fantástico de E. T. A. Hoffmann(1776-1822): Quebra-nozes e o rei dos camundongos, escrito em 1816.

 O balé estreou em São Petersburgo em 1892, com coreografia  do russo Ivanov, supervisionada por Petipa. Posteriormente, foi coreografado por Balanchine, Cranko e Nureyev. Tchaikovsky extraiu do balé uma suíte para orquestra dividida em oito números.


Argumentos

Clara é uma menina que no dia de Natal foi presenteada com um boneco, Quebra-nozes. Essa noite, enquanto a menina dorme, um pequeno exército de camundongos entram no salão, mas os brinquedos tomam vida e, ao comando de Quebra-nozes, enfrentam os ratos. Clara ajuda Quebra-nozes quando este está prestes a sucumbir, jogando uma sapatilha no rei dos ratos. Quebra-nozes converte-se então em um príncipe que leva Clara a Confiterimburgo, o país dos docês, onde a Fada de Açúcar organiza uma festa para ela.



Audição recomendada: "Valsa das flores".

A "Valsa das flores", uma das obras mais belas e românticas escritas por Tchaikovsky, oferece uma extraordinária mostra de talento de seu autor na orquestração.

Composta em forma ternária, consta de uma introdução que conduz, por meio de um solo de harpa, á primeira seção, protagonizada pela exposição das trompas, pelas respostas do clarinete e por um segundo tema a cargo das cordas.

A repetição da primeira seção conduz á segunda, protagonizada pelas madeiras e cordas. Em seguida, a primeira seção é reexposta e transforma-se em uma extensa coda final que faz uso da maioria dos motivos musicais utilizados anteriormente.




Tchaikovsky Suite do Bailado 'O Quebra Nozes' 1,2,3 e 4


http://www.youtube.com/watch?v=jpQ3rd5osT0



Tchaikovsky Suite do Bailado 'O Quebra Nozes' 5,6 e 7.


http://www.youtube.com/watch?v=HIMZmUGuqQU&feature=related


domingo, 6 de fevereiro de 2011

O órgão do mar

  Em 2005, na costa de Zadar, uma cidade da Croácia, foi construído o "órgão do mar". Ele se constitui de degraus cravados em rochas quem têm no interior um interessante sistema de tubos que, quando estimulados pelos movimentos do mar, forçam o ar e, de acordo com o tamanho e a velocidade das ondas, cria, aleatoriamente combinações musicais. Os degraus possuem abertura no concreto que servem para o instrumento "respirar" e também para fazer soar os sons criados nos tubos.


  O local recebe turistas de várias partes do mundo e, além da música, que transmite uma sensação de paz e tranquilidade, oferece um belo pôr-do-sol, agradando ainda mais às pessoas que o visitam. O órgão do mar ganhou o prêmio europeu para espaços públicos em 2006.

A construção de um Violino

Na construção artesanal de um violino são investidas cerca de trezentas horas de trabalho. O segredo está em acertar suas medidas com exatidão milimétrica. O violino é formado por mais de sessenta peças, todas reunidas à mão.

Em um bom violino, devem predominar as linhas curvas, para que o ar não encontre obstáculos ao passar pela caixa de ressonância, a alma dos instrumentos. São usadas madeiras de abeto para o tampo harmônico e de bordo e sicômoro para o fundo. O processo de envernização é fundamental: dele depende a qualidade do som e também o timbre peculiar do instrumento.


Funções sociais da Música

Grande parte da produção musical acaba por influir de alguma forma nos ouvintes e pode ser classificada segundo a função que cumpre. Pode-se falar, por exemplo, de música comercial, como a publicitária, cuja função é ajudar a vender algo; de música ambiente, como a que se escuta em salas de espera e locais públicos,  cuja função é 'decorar' um espaço; de música complementar da imagem (música audiovisual), como a que é usada no cinema, no teatro ou na televisão; de música religiosa, que é escrita e interpretada com fins religiosos; de música de identificação social, como os hinos nacionais ou esportivos; ou de música de lazer, destinada a proporcionar diversão a quem escuta, como no caso da música para dançar.

No entanto, existe um tipo de música, que se costuma chamar de música artística, que pode ser definida como aquela que está completamente livre de todo fim utilitário e pretende servir apenas para ser escutada. É raro que uma composição, ao menos no momento de sua criação,esteja completamente livre de algumas das funções antes assinaladas, mas, por exemplo, que função utilitária se poderia atribuir a uma obra composta há séculos para uma ocasião solene, quando hoje ela é escutada em uma sala de concertos apenas como música?

A importância da melodia

Na África, existem povos cuja linguagem inclui palavras e frases com entonação melódica. Nessas línguas, uma mesma palavra pode significar até quatro coisas diferentes de acordo com o "tom" ou altura com que ela é pronunciada. A música dessas tribos utiliza tambores "falantes" que, habilmente tocados, imitam as inflexões da linguagem e emitem mensagens que podem ser entendidas pelos membros da comunidade.

O que é música?

Para alguns, a impressão que a música causa limita-se ao sensorial, afetando unicamente o corpo como prazer auditivo ou convite à dança. Nesse caso, encontra-se a maioria das pessoas, que vê na música um passatempo, uma distração. Outras pessoas sentem que a música afeta o espírito, expressando sentimentos. Para um terceiro grupo, a música é acima de tudo um exercício intelectual, em que a análise técnico-musical produz a prazer estético.

Cada umas dessas posições pessoais tem paralelismo com concepções gerais da arte que correspondem a épocas inteiras. Assim, o século XVIII, o século do iluminismo, que punha a razão acima dos outros valores, situou a música instrumental no escalão mais baixo entre as artes, como um luxo inocente e agradável, um prazer sensorial, porque a música instrumental não significava nada que pudesse ser expresso com palavras ou que servisse à reflexão.

O século XIX, o século do Romantismo, porém, ao valorizar o sentimento acima da razão, e considerando que a música influía de modo direto sobre o espírito, julgou-se superior às demais artes, precisamente por ser capaz de expressar o que está além das palavras e, portanto, da razão.

Todas as artes, dizia-se no século XIX, aspiravam os status da música. A arte do século XX adotou uma atitude estética mais preocupada com a linguagem artística em si e suas possibilidades, inclinando-se por uma posição que valoriza a música pelo o que tem de arquitetura sonora, por suas possibilidades de construção técnica e intelectual.

JAKOB DONT (Método de Violino)


Método




SUZUKI (Métodos de Violino)

Os dez volumes já vem com mp3 das músicas.

O silêncio existe?

O compositor norte-americano Jonh Cage (1912-1992), conta em um livro que, certa vez, entrou em uma câmara anecoica, um recinto de laboratório idealizado para realizar experimentos em um ambiente em que não se produz nenhum som. Se alguém fala no seu interior, a sensação é de que as palavras têm peso e desabam no solo.

Cage observou em silêncio, escutando com toda a atenção, e chegou à conclusão de que, apesar de não ter feito nenhum ruído intencional, ouvia dois sons, um grave e outro agudo. Quando perguntou aos especialistas, estes lhes informaram que o som grave era seu próprio sangue circulando, e o agudo, seu sistema nervoso em funcionamento. Cage chegou à seguinte conclusão: "O silêncio não existe".

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A linguagem musical

Enciclopédia do Estudante


Em épocas primitivas, o homem utilizou o som como um substituto da linguagem: aonde não chegavam as palavras, podia chegar o som de um instrumento de percussão e, utilizando o som como um código cujo significado era conhecido, ele podia se comunicar com uma tribo vizinha.

Porém, esse mesmo homem primitivo percebeu também que o som sussurrado no ouvido de uma criança a acalmava e a convidava ao sono, enquanto uma figura rítmica insistentemente repetida estimulava à luta.

De todas essas comprovações, acumuladas na mente humana durante séculos, foi surgindo a descoberta da possibilidade de utilizar o som com intenção de influir no ânimo ou na vontade de quem escuta. Por meio de um processo muito longo e complexo, o som converteu-se em arte: a arte da música.